cebola epagri

 

Santa Catarina é a maior produtora de cebola do país, respondendo por mais de um terço da produção nacional. No território catarinense, a hortaliça é cultivada basicamente por agricultores familiares, em pequenas áreas, somando 8.289 estabelecimentos, segundo dados preliminares do Censo 2017 do IBGE.

Dada a importância dessa cadeia produtiva, a Epagri vem se empenhando em desenvolver tecnologias sustentáveis para uma das principais doenças que acomete a cebola: as bacterioses. Elas são responsáveis por grandes perdas no campo, no armazenamento e na comercialização.

Renata Sousa Resende, pesquisadora da Estação Experimental da Epagri em Ituporanga (EEItu), explica que uma das linhas de pesquisa na área de fitopatologia concentra-se na detecção e caracterização das principais espécies de bactérias causadoras de podridão nos bulbos de cebola em Santa Catarina, “visto que não há informação sobre o complexo de bactérias que causam essa doença na região sul do Brasil”, esclarece a pesquisadora.

Além disso, a unidade de pesquisa tem avaliado a eficiência de produtos alternativos no manejo dessas doenças, bem como a resistência de cultivares. “Com esses trabalhos, estamos buscando soluções sustentáveis para resolver os um dos graves problemas fitossanitários que acomete a cultura da cebola”, descreve Renata.

As podridões são de difícil controle. Após seu surgimento, é impossível curar a planta infectada pela bactéria. “Até o momento não estão disponíveis ferramentas antibacterianas eficazes para serem utilizadas na cultura da cebola. Portanto, a correta identificação do agente causal, o entendimento do ciclo do patógeno e dos fatores que afetam a incidência e a severidade da doença são fundamentais para estabelecer as estratégias de controle”, esclarece a pesquisadora.

Espécies bacterianas

A cebola pode ser atacada por várias espécies bacterianas. Nos países onde essa hortaliça é cultivada já foram reportadas doze bactérias. No Brasil, quatro dessas espécies merecem destaque, causando podridão mole, e três tipos de podridão das escamas.

A podridão mole, tem como sintoma típico o apodrecimento e deterioração generalizada dos bulbos, com desprendimento de gases de odor desagradável.  A podridão das escamas camisa d’água é visível nas escamas externas da cebola, que apresentam uma podridão úmida, amarelada a levemente marrom. A podridão das escamas do tipo aquosa apresenta áreas encharcadas nas escamas mais internas. Nos estágios iniciais, os bulbos infectados são aparentemente normais e, com o progresso da doença, ocorrem podridões generalizadas e aquosas. Já a podridão das escamas do tipo escurecimento interno tem como sintoma o escurecimento de algumas escamas internas, enquanto que as escamas adjacentes a elas permanecem intactas.

Para reduzir perdas provenientes do ataque de bactérias, a Epagri passa uma série de recomendações aos produtores. É fundamental eliminar as plantas com sintomas no campo e descartar os bulbos infectados ou suspeitos. Também é importante evitar irrigações em excesso no final do ciclo da cultura, bem como não permitir acúmulo de água no solo em locais onde a doença ocorre com maior intensidade, principalmente após o início da bulbificação. Os ferimentos são a principal porta de entrada para as bactérias, por isso os técnicos da Epagri recomendam evitar injúrias nas folhas antes da colheita e nos bulbos durante a colheita. Por fim, é recomendável realizar rotação de culturas sempre que possível.

Informações e entrevistas
Renata Sousa Resende, pesquisadora em fitopatologia da Estação Experimental da Epagri em Ituporanga, pelo fone (47) 3533-8819.

Informações para a imprensa 
Gisele Dias, jornalista: (48) 99989-2992 / 3665-5147
Cinthia Freitas, jornalista: (48) 3665-5344
Isabela Schwengber, jornalista: (48) 3665-5407

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