pitaia

 

A pitaya se tornou uma fonte de renda para a agricultura familiar. Os frutos possuem alto valor de mercado e a procura é crescente. A planta não exige muitos tratos culturais, sendo cultivada sem o uso de qualquer agroquímico. A busca por uma vida saudável com menos trabalho pesado e longe dos agrotóxicos foi o que motivou muitas famílias a trocarem suas lavouras pelo pomar de pitaya.

No sul do estado, região mais expressiva na produção de pitaya de Santa Catarina, a aposta nessa fruta exótica foi certeira. A pitaya trouxe mais frutos além daqueles que os agricultores imaginavam colher. A fruta possibilitou a comercialização com outros países, o fortalecimento de uma cooperativa e o processamento da produção para agregação de valor.  É o caso dos irmãos Feltrin, das irmãs Picolo e da família Cibien.

Volnei e Valmirei Feltrin plantavam fumo em Turvo. Além de manipularem agrotóxicos frequentemente, a venda da produção não trazia muita renda à família. Foi em um programa de televisão que eles conheceram a pitaya e, sem dominar as técnicas de cultivo, apostaram na cultura para melhorar a qualidade de vida da família. “A gente começou com 100 pés e hoje já estamos com 7 mil, 4 mil deles produzindo. Nos últimos 2 anos colhemos 75 toneladas de pitaya por ano. E esse ano estamos esperando cerca de 100 toneladas” – conta Volnei.Os irmãos, pioneiros no cultivo da pitaya no sul do estado, vendem a produção para outros estados e ano passado, alcançaram o mercado europeu e começaram a vender para Espanha. A experiência inspirou outros agricultores.

Terezinha Picolo cultivava maracujá e a irmã Maria trabalhava em uma olaria, em Criciúma. Buscando um cultivo com menos trabalho pesado, ela implantou seu pomar de pitaya e convidou a irmã para ser sua sócia. “Um amigo viu a pitaya no Turvo e nós fomos lá ver. Já compramos umas mudas e assim começamos” – relata Terezinha. Hoje as irmãs tocam o pomar juntas. Na companhia uma da outra, a rotina ficou mais leve, feliz e saudável.

 



Já para Sérgio Cibien, de Turvo, a pitaya veio como uma renda extra para a propriedade. “A gente começou plantando 200 mudas. Mas no mesmo ano fomos a 2 mil pés. A gente achou que pouquinho não ia resolver. Faz 6 anos que a gente começou e tá funcionando muito bem” – diz Sérgio.

Como nem todos os produtores tem um grande volume de produção como os irmãos Feltrin, eles se organizaram em grupo para vender a fruta de forma coletiva. As irmãs Picolo e Sérgio dizem que através de uma cooperativa é possível abrir mercados e garantir a comercialização de toda a produção.

A Coopervalesul é uma cooperativa de laticínios de Turvo. Para trabalhar com o novo produto, formou-se um grupo de produtores de Pitaya dentro da cooperativa. Os cooperados colhem a pitaya, selecionam, embalam e entregam na cooperativa para que lá seja feita a comercialização. Segundo Gabriel do Nascimento, engenheiro-agrônomo responsável pela fruticultura da Coopervalesul, o grupo de pitaya da cooperativa é formado por 40 agricultores. No total, a cooperativa conta com mais de 200 cooperados. Gabriel conta como tudo aconteceu: “Os agricultores interessados na cultura da pitaya fizeram um curso de formação continuada e junto à isso começaram a estudar a parte de comercialização. Criaram uma associação e a partir disso decidiram que era muito importante que os agricultores se mantivessem unidos. Eles entenderam que com volume não haveria briga por preço e acarretaria em mais valorização do seu produto”.

Terezinha aprova a trabalho da Coopervalesul: “O trabalho da cooperativa é muito bom porque a venda é garantida. A gente colhe e deixa lá, não tem preocupação nenhuma.”

A fruta é cada vez mais utilizada na fabricação de cosméticos, na elaboração de sorvetes, e na produção de bebidas. Atento as possibilidades que a pitaya pode trazer, Sérgio já está de olho no futuro produzindo vinho de pitaya com as frutas de menor tamanho, que não são vendidas para consumo in natura. “Nossa ideia é cuidar do que tem e caso o preço baixe, pensamos em processar tudo aqui na propriedade e investir na produção de vinho, geleia, vinagre e outras coisas.” – planeja Sérgio.

Em breve, você pode conferir essa reportagem completa, no canal de vídeos da Epagri.

Fonte: Epagri SC

 

 

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