As Centrais de Abastecimento do Estado de Santa Catarina - Ceasa/SC - esclarecem que o uso do termômetro infravermelho é seguro para a população. Todas as pessoas que passam pelas portarias da Ceasa/SC têm a temperatura aferida para identificar possíveis sintomas de covid-19. A medida é recomendada pela Secretaria de Estado da Saúde na entrada de estabelecimentos com fluxo de indivíduos.
Está circulando um boato nas redes sociais sobre o uso do termômetro infravermelho. As fake news sugerem que o termômetro causa prejuízo à glândula pineal. Isso é anatomicamente impossível, pois o aparelho apenas mede a temperatura, não emite nenhum raio infravermelho.
De acordo com o esclarecimento da Diretoria de Vigilância Sanitária de Santa Catarina (DIVS), a glândula pineal é uma pequena glândula endócrina no cérebro dos vertebrados. A glândula pineal produz melatonina, um hormônio derivado da serotonina que modula os padrões de sono nos ciclos circadianos e sazonais, e está localizada na parte central do cérebro.
Os termômetros infravermelho medem a energia irradiada pelo corpo, que é convertida em um valor de temperatura.
Os termômetros infravermelho mais comuns são o local ou o pirômetro, que verifica a temperatura em um ponto de uma superfície, uma área relativamente pequena. Estes geralmente projetam um ponto vermelho visível para o centro da área que está sendo medida, isso identifica o ponto que está sendo medido.
O termômetro que mede a temperatura apontado para a testa não emite raios infravermelhos, o objeto, faz a medição ao captar a radiação infravermelha emitida pelo próprio corpo humano.
Todo corpo naturalmente emite radiação eletromagnética. A intensidade da radiação emitida está relacionada à temperatura do corpo. O termômetro de infravermelho mede a intensidade da radiação de infravermelho emitida pela superfície de um corpo para inferir sobre a temperatura desse. Desta forma, não há prejuízo ao corpo humano.
Nenhum termômetro que usa o infravermelho dispara radiação eletromagnética. Um termômetro desse tipo é apenas um detector, e não uma fonte de radiação infravermelha. Portanto a luz vermelha que existe em alguns termômetros do tipo, também não tem nada a ver com um suposto “raio infravermelho”, mas apenas serve como um guia para a medição da temperatura no local correto.
Como a temperatura interna do nosso corpo pode ser ligeiramente diferente da temperatura da superfície, esses termômetros são calibrados antes de comercializados, e geralmente se usa a testa como a área de calibração. Por isso, em geral, se recomenda usar a testa, para que a medida seja mais parecida com a da calibração e, com isso, aumente a precisão na medida da temperatura.
Os termômetros infravermelho, no Brasil, necessitam de certificação do INMETRO e registro junto à ANVISA, antes da sua comercialização. Não há nenhuma evidência científica de que o termômetro infravermelho cause qualquer problema intracraniano.
A DIVS considera o uso dos termômetros infravermelho seguros para seres humanos, e a melhor opção para verificação da temperatura corporal em massa, em decorrência da pandemia, em curso, do coronavírus (Sars-CoV-2).