Os orientadores de mercado das Centrais de Abastecimento do Estado de Santa Catarina - Ceasa/SC - receberam treinamento na manhã de quarta-feira, 16 de fevereiro, no auditório da central, para se atualizarem em relação às regras e exigências para rastreabilidade de produtos agrícolas.

O curso foi ministrado pelo engenheiro agrônomo e fiscal da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina - Cidasc, Geovani Pedro de Souza. Participaram 13 orientadores de mercado da Ceasa/SC, além de 5 técnicos da Cidasc. 

O treinamento foi solicitado pelo diretor-presidente Gilmar Germano Jacobowski, após sugestão do gerente de abastecimento Anderson Balestrin e do engenheiro agrônomo da Ceasa/SC André Medeiros, para nivelar o conhecimento que será replicado aos produtores rurais que comercializam nas três unidades da central.

“É muito importante essa parceria interinstitucional porque a rastreabilidade envolve uma série de fatores. Tem todo um trabalho que não é apenas a etiqueta, mas tem o envolvimento de toda a cadeia produtiva, desde a produção até a comercialização. Todos têm que se ajudar para beneficiar tanto quem produz quanto quem consome.” afirmou o diretor-presidente Jacobowski.

No curso foi apresentado o conceito de rastreabilidade e a legislação atual, com exemplos práticos de cadastro para facilitar a orientação ao produtor. É papel da Ceasa/SC orientar os produtores para o cadastro de seus produtos e da propriedade, bem como fiscalizar o uso correto das etiquetas na comercialização.

A Cidasc disponibiliza gratuitamente o sistema e-Origem para o produtor primário realizar seu cadastro. O único custo que o produtor tem é com a impressão das etiquetas. 

No cadastro, devem constar informações, tais como:

Nome completo
CPF
Data de Nascimento
Inscrição Estadual de produtor
Endereço, conforme cadastrado na inscrição estadual
Endereço dos locais de produção
Itens produzidos (produto comercial)
Tecnologia de produção adotada (se tradicional, hidropônico, orgânico, etc)
Área e Estimativa de produção
Época que produz
Marcar no mapa o local da produção

Essas informações precisam ser atualizadas anualmente, conforme explica Geovani, da Cidasc. 

“Existem outros fornecedores de sistemas de rastreabilidade, como o Frutag e o Paripassu, mas esses são de empresas privadas e tem um custo. Muitos produtores não sabem que existe o e-Origem, que é gratuito. Por isso é tão importante a orientação dos colaboradores da Ceasa/SC aos produtores, para fazer chegar a informação”, destacou Geovani.

Entenda a Rastreabilidade

A rastreabilidade de produtos é uma forma de identificar a origem dos alimentos comercializados, proporcionando sua identificação ao consumidor, ao mesmo tempo em que resguarda o agricultor quanto aos processos e insumos que utiliza na produção.

São rastreados os alimentos vegetais in natura produzidos pelos agricultores em Santa Catarina. 

Para realizar o cadastro no e-Origem, o próprio agricultor pode realizar o processo ou, se tiver dificuldade, buscar apoio nos escritórios da Epagri, Cidasc, sindicatos, cooperativas, prefeituras, entre outras instituições. 

O sistema e-Origem foi criado a partir de um esforço conjunto entre Ministério Público de Santa Catarina, Diretoria de Vigilância Sanitária, Epagri e Cidasc para solucionar a dificuldade de se chegar à origem da contaminação de alimentos com agrotóxicos fora do padrão aceitável pela legislação. 

Para o consumidor final, a vantagem é que terá à disposição todas as informações de origem do produto, onde foi plantado e quem foi o produtor. 

A rastreabilidade é obrigatória em Santa Catarina. Para mais informações sobre o assunto, você pode conferir este artigo sobre Entenda a Rastreabilidade ou entrar no site da Cidasc sobre o e-Origem.

Informações para a imprensa:
Alícia Alão
Assessoria de Comunicação
(48) 3378-1725
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