Conforme apuração da CEASA/SC, o ano iniciou em alta de 2,38% no preço médio por quilo se comparado a dezembro de 2015. O volume em toneladas obteve alta de 5,74% e de 8,25% no valor de movimento financeiro, que ultrapassou os 64 milhões de reais.
Os produtos de maior elevação de preços foram a cebola (32,24%), a cenoura (26,49%), a beterraba (17,68%), o repolho (16,65%), o abacaxi (15,19%), a maçã (9,53%), o mamão (8,28%) e a alface (7,75%).
As principais quedas foram da vagem (-37,07%), tomate (-27,16%), couve flor (-16,22%), pimentão (-13,54%) e brócolis de cabeça (-5,35%).
Os motivos do aumento tem sido constantemente os mesmos: fator climático atípico, alta do dólar interferindo nos custos com adubos e defensivos, alta nos custos de plantio e de logística e talvez a principal causa seja a incerteza causada pela crise econômica vivida ultimamente pelos brasileiros.
Queda nas vendas em janeiro de 2016
Analisando o volume comercializado na CEASA/SC destaca-se uma retração de 5,63% em janeiro de 2016 frente ao mesmo período do ano passado. Esses dados denotam o quanto o fator climático e a conjuntura econômica de um país interferem diretamente nas quantidades, qualidades e preços dos hortifrutigranjeiros.
Mesmo com aumento de turistas registrados no estado, este não foi suficiente para aumentar as vendas. De acordo com a pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de SC os turistas gastaram menos que em outros anos e, além disso, os preços dispararam e a procura por certos produtos diminuíram. O preço médio por quilo em janeiro de 2016 foi 24,87% mais alto que o mesmo período do ano passado, sendo negociado a R$ 2,05 em 2016 e R$ 1,64 em 2015. Alta expressiva que leva o cidadão a diminuir o consumo numa expectativa de quem sabe no futuro os preços venham a cair.
Produtos com maior destaque nas quedas de volume foram os ovos (-79,76%), o abacaxi que registrou crescimento significativo em 2015 (-56,22%), o pepino (-37,35%), a couve flor (-21,49%) e a cebola (-14,42%).
Produtos que registraram elevação nas vendas foram o mamão (46,05%), a vagem (24,24%), a cenoura (21,49%), a banana (19,68%) e a melancia (15,78%).
A expectativa é que os preços se mantenham elevados durante o verão mesmo com a queda nas vendas.
Tudo indica que teremos um ano de desafios para o cenário econômico e a recomendação da CEASA/SC para o consumidor final é para que pesquise bem os preços no varejo e optem por produtos de época que tem preços bem mais acessíveis e com qualidade. Assim diminui o impacto financeiro familiar e faz com que os preços de certos produtos caiam por falta de procura.
Fonte: CEASA/SC